Governo de SP fecha hospital de campanha em Heliópolis
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou o fechamento do hospital de campanha do Heliópolis que funcionava no AME (Ambulatório Médico de Especialidades) Barradas, na Almirante Delamare. A notícia foi anunciada na segunda-feira (31), no Palácio dos Bandeirantes.
Segundo Doria, o espaço atendeu 989 pacientes de 40 municípios desde sua ativação, em maio. Ao todo, foram 848 altas e outros 113 pacientes que foram a óbito devido à gravidade clínica. “Ele cumpriu seu papel. Tivemos redução superior a 80% nas internações por conta do coronavírus”, afirmou.
Nos 11 dias iniciais de funcionamento, em maio, foram 140 admissões e 34 recuperados, com média diária de 50 pacientes em atendimento na enfermaria e dez na UTI. Em junho, mês de maior atividade, houve 386 admissões e 347 pacientes recuperados, com uma expressiva alta na média diária de atendimento: 101 pacientes em atendimento na enfermaria e 18 na UTI.
Em julho, a demanda seguiu alta, com 327 novas internações, 347 altas e, embora a média diária de atendimento na enfermaria tenha caído para 61, na UTI houve um salto para 27 atendimentos.
A partir da última semana de julho, a média de atendimento diário de UTI se manteve em 27 pacientes, mas, foi observada uma queda na média da enfermaria, com 40 atendimentos diários. No mês de agosto, a média diária de enfermaria foi de 27 pacientes e, na UTI, 20 internações. Em todo o mês, foram recebidos 146 pacientes, 154 tiveram alta.
O espaço ofereceu à população 200 leitos de enfermaria e 24 de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) para tratar pessoas com Covid-19. Desde terça-feira (1º), pacientes com Covid-19 que precisam de atendimento estão dsendo irecionados a outros hospitais. Os pacientes clínicos serão mantidos em 30 leitos de enfermaria de suporte no interior do AME, pois a tenda começará a ser desmontada na próxima semana.
Com a redução dos pacientes com coronavírus, o AME de Heliópolis deverá realizar a readequação do centro cirúrgico e da recuperação pós-anestésica no final de setembro, com a retomada da produção rotineira de eletivas.
A UTI exclusiva para Covid-19 começou a ser preparada em abril no andar centro cirúrgico do AME, que seguiu realizando cirurgias, mas em menor escala devido à pandemia. Até julho, foram 2,4 mil procedimentos de menor complexidade. No total, entre janeiro e julho, o AME fez 5,9 mil cirurgias.
As consultas também foram mantidas, inclusive com uso de telemedicina para garantir atendimento durante a pandemia. No mesmo período, também houve 121,6 mil consultas médicas e não médicas, 47,1 mil delas por teleconsulta.
Houve ainda cerca de 10,5 mil exames, incluindo 1 mil de PET-CT Tomografia por Emissão de Pósitrons, na tradução da sigla em inglês), fundamental para análise de casos suspeitos de câncer e definição de tratamento oncológico.