Miss Universo Trans
Modelo de São Leopoldo recebe título inédito pelo Brasil ao ser eleita Miss Universo Trans
Essa é a primeira vez que o Brasil recebe o título. Luanna Isabelly, de 28 anos, pretende dar
visibilidade às causas LGBTQIA+ e promover inclusão feminina no mercado de trabalho.
Luanna Isabelly, de 28 anos, venceu o Miss Universo Trans, concurso realizado em Nova Déli, na Índia — Foto: Reprodução/Redes sociais
A modelo gaúcha Luanna Isabelly, de 28 anos, foi eleita Miss Universo Trans, na noite de segunda-feira (4), durante o concurso realizado em Nova Déli, na Índia, trazendo o título inédito para o Brasil.
Moradora de São Leopoldo, na Região Metropolitana de Porto Alegre, a representante brasileira, ao longo do evento, superou adversárias de outros 15 países.
Apesar de ter idealizado o momento e o título, Luanna ainda está incrédula com a conquista. E diz acreditar no conhecimento como uma das principais ferramentas capazes de impulsionar a sociedade.
“Confesso que não caiu a ficha ainda, mas estou muito contente com esse resultado. O meu sentimento é de muito orgulho. Orgulho de ser brasileira, de representar meu país num certame tão importante para a minha comunidade. Acredito firmemente que conhecimento é fundamental para o crescimento e desenvolvimento como indivíduo e sociedade. O conhecimento nos empodera. “.
Com a nomeação, ela pretende dar visibilidade às mulheres transgênero e contribuir com ações de capacitações que lhes permitam encontrar oportunidades no mercado de trabalho. Atualmente, o projeto prevê contemplar tanto o Brasil quanto países da América do Sul.
Para Luanna, a vitória abarca não apenas a questão da beleza, mas aspectos socioculturais.
“Eu carrego comigo toda a força e as fragilidades que o nosso coletivo enfrenta. Então, a palavra miss para mim tem um sentido verdadeiro, compreende o projeto que me movimenta, que visa trabalhar para uma sociedade livre de preconceitos, igualitária e com mais oportunidades”.
Motivada por esse objetivo, a modelo visa romper com descriminações, porque “ser uma mulher trans, em qualquer lugar do mundo, não significa o fato de ser uma escolha. É uma condição de vida e que deve ser respeitada”, salienta.
Por Camila Freitas, g1 RS