Paraná ocupa o 3.º lugar no ranking nacional de casos de estelionatos
Nos dados do Anuário Nacional de Segurança Pública, o estado tem 1.339 registros para cada grupo de 100 mil habitantes, acima da média nacional
A poucos dias da Black Friday, a Datalege Consultoria Empresarial alerta para o avanço das fraudes digitais e telefônicas no varejo. A pesquisa Observatório FEBRABAN, realizada pelo Ipespe em junho de 2025, mostra que quatro em cada dez brasileiros (39%) já foram vítimas de golpe ou tentativa envolvendo a própria conta bancária. No recorte por ocorrências policiais, o Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2025 aponta o Paraná com a 3.ª maior taxa de estelionato do País em 2024, atrás apenas de São Paulo e do Distrito Federal.
“Os criminosos exploram pressa, desconto irreal e comunicação fora de canais oficiais. O efeito Black Friday potencializa isso”, afirma Mario Toews, especialista em proteção de dados e sócio da Datalege Consultoria Empresarial. Segundo ele, a combinação de anúncios com preço fora da curva, links falsos e contatos que se passam por suporte bancário cria um ambiente propício a perdas financeiras e vazamento de dados.
O Anuário da Segurança Pública registrou 2,17 milhões de ocorrências de estelionato no Brasil em 2024, média de quatro golpes por minuto. Nas taxas por 100 mil habitantes, São Paulo lidera (1.744), seguido do Distrito Federal (1.681) e do Paraná (1.339). A média nacional é de 1.019 registros/100 mil habitantes. Entre as menores taxas estão Paraíba (235,4) e Maranhão (285,3). O indicador considera todos os tipos de estelionato, incluindo golpes digitais.
DICAS DE SEGURANÇA
Para o consumidor paranaense, Toews recomenda quatro cuidados imediatos: desconfiar de preços muito abaixo do mercado e comparar histórico; digitar o endereço da loja no navegador, sem clicar em links recebidos por e-mail, SMS ou aplicativos; nunca confirmar dados pessoais por telefone — bancos e varejistas não pedem senha nem induzem transferências —; e priorizar meios de pagamento com contestação. Em caso de fraude, é essencial registrar boletim de ocorrência e comunicar o banco para tentativa de bloqueio e rastreio.
O especialista explica que os dados da FEBRABAN medem percepção e autorrelato de vitimização, enquanto o Anuário concentra boletins de ocorrência de estelionato nas unidades da Federação. Juntas, as bases oferecem um panorama consistente sobre risco, impacto e distribuição geográfica do problema.
GUIA RÁPIDO DE PROTEÇÃO
- Desconfie de descontos fora da curva e compare histórico de preço;
- Digite o endereço da loja; evite links de e-mail, SMS e aplicativos;
- Não forneça senhas, códigos ou dados por telefone;
- Use cartão virtual ou carteiras com proteção e ative alertas no app do banco.
- Caiu em golpe? Registre boletim de ocorrência, conteste a transação e comunique o banco.
MARIO TOEWS
Mario Toews é DPO (Data Protection Officer), especialista em Direito Digital e em Segurança da Informação, além de sócio e instrutor certificado da Datalege Consultoria Empresarial. Profissional com mais de 25 anos de experiência como gestor de TI de grandes empresas, nacionais e multinacionais, tem experiência na coordenação de projetos na área de Segurança de Informação, Proteção de Dados, Business Intelligence e Infraestrutura. Ministra cursos para profissionais interessados em obter a certificação internacional para a carreira de DPO/encarregado de dados, uma das exigências da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
Fonte: Estilo Editorial Comunicação


