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Parlamentares discutem regularização fundiária urbana com secretário de Estado da Habitação

Parlamentares discutem regularização fundiária urbana com secretário de Estado da Habitação

Flavio Amary afirmou ainda que há projeto para obras em imóveis em condições insalubres

Comissão de Infraestrutura em ambiente virtual

A Comissão de Infraestrutura da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo recebeu, nesta segunda-feira (28/6), o secretário de Estado da Habitação, Flavio Amary, para prestação de contas sobre a pasta.

A reunião, realizada em ambiente virtual, foi presidida pelo deputado Dr. Jorge do Carmo (PT), e serviu para que o secretário estadual apresentasse os números de sua gestão e os principais objetivos para a habitação no Estado.

Flavio Amary começou sua apresentação mostrando o planejamento feito pela pasta para a população de baixa renda. No último ano, foram gastos R﹩ 1 bilhão em investimentos para habitação no programa Casa Paulista e em projetos da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU). Já para 2021, a secretaria projeta a aplicação de R﹩ 1,7 bilhão nestes projetos.

Amary também destacou a atuação da pasta na regularização fundiária urbana com o programa Cidade Legal, que busca regularizar imóveis de famílias de baixa renda do Estado. Segundo a secretaria, desde sua reformulação, em 2019, o programa já emitiu 32 mil títulos de propriedade, número equivalente a todos os títulos emitidos em 10 anos de projeto. “E a expectativa é que alcancemos a entrega de 80 mil títulos de regularização”, afirmou o secretário.

Aliado ao programa Cidade Legal, a secretaria planeja também o lançamento de um projeto de melhoria habitacional, para realização de obras em imóveis insalubres das regiões metropolitanas de São Paulo. “Quando a gente regulariza o imóvel, a família passa a arcar com suas responsabilidades. Arca com o IPTU, com as contas de água e luz, ou seja, todo o sistema ganha”, disse o secretário. De acordo com a apresentação, o projeto conta com orçamento previsto de R﹩ 50 milhões.

Outro assunto abordado durante a reunião foi a extinção da CDHU, autorizada pela Lei 17.293/20, sancionada no ano passado. O presidente da comissão, Dr. Jorge do Carmo, questionou o andamento deste processo. “Tenho sido muito cobrado quanto a como ficará a situação das pessoas que dependem da CHDU”, disse.

O secretário afirmou que CDHU está em um processo de enxugamento, no qual foram reduzidos 40% dos gastos com funcionários. “O atendimento habitacional continuará sendo realizado, o objetivo atual é a redução do custo da gestão”.

Questionado sobre a incorporação das atribuições da CDHU, Flavio afirmou que “o objetivo é que no médio prazo o atendimento habitacional seja feito pela Secretaria de Habitação, mantendo o atendimento às famílias e a realização de obras”.

Ao final da reunião, a deputada Janaina Paschoal (PSL) falou sobre a situação de moradores de conjuntos habitacionais da região dos Campos Elíseos, na Capital. A parlamentar contou que recebe reclamações quanto a segurança da região por conta da proximidade com a Cracolândia.

O secretário da Habitação afirmou que a situação dos moradores de rua e usuários de drogas deve passar primeiro pelo trato de assistentes sociais, para depois contar com o apoio habitacional. “A solução não é de uma área, ela é transversal e passa por todo governo. O municipal e o estadual”, disse.

Além dos citados, estiveram presentes na reunião a deputada Maria Lúcia Amary (PSDB) e os deputados Coronel Nishikawa (PSL), José Américo (PT), Roberto Morais (Cidadania) e Ricardo Madalena (PL).

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