Pastor e cantora gospel: quem são os alvos da operação da PF
Pastor e cantora gospel: quem são os alvos da operação da PF que mira organizadores da ‘festa da Selma’ do 8/1
Investigados publicaram vídeos convocando para viagens em direção a Brasília no fim de semana das invasões; PF cumpre mandados de prisão e buscas em seis Estados
A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira uma nova fase da Operação Lesa Pátria. Entre os alvos de mandados de prisão, estão o pastor Dirlei Paiz, de Blumenau (SC), e a cantora evangélica Fernanda Oliver, de Tocantins. Eles são suspeitos de organizarem e divulgarem a chamada “Festa da Selma” – codinome para a convocação de caravanas a Brasília no fim de semana de 8 de janeiro, quando as sedes dos Três Poderes foram invadidas e depredadas.
Entenda ‘festa de Selma’: expressão era usada em grupos de WhatsApp para convocar golpistas nos atos do 8 de janeiro
Pressionado: Mauro Cid sinaliza possível culpabilização de Bolsonaro como nova estratégia em troca de advogado
A PF está cumprindo dez mandados de prisão e outros 16 de busca e apreensão em seis estados – Distrito Federal, Goiás, Paraíba, Paraná, Santa Catarina, Bahia. As ações foram determinadas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
Dias antes dos atos golpistas, o pastor Dirlei Paiz usou as suas redes sociais para promover as viagens a Brasília, dizendo que aquele fim de semana seria uma “data do povo patriota”. Em vídeo postado em 6 de janeiro, ele dá instruções sobre como embarcar em ônibus em cidades catarinenses para ir à capital federal.
— Pessoal, tem ônibus ainda disponível para você ir a Brasília. Você entra em contato conosco e eu vou te passar todos os dados — afirmou ele, acrescentando que as manifestações naquele momento estavam chegando a um novo momento. Segundo ele, o povo deveria sair da frente dos quarteis e acampar em frente ao Planalto para “fazer pressão” e alcançar “a “vitória que nós queríamos no dia 30, quando fomos golpeados”.
— Entendemos que esse é o momento que o povo precisa se aglutinar em Brasília em busca da sua liberdade, buscando a transparência naquilo que nós não concordamos na eleição de 2022. (…) O Brasil todo está se movimentando para esse ato de sábado, domingo, segunda-feira. Nós estamos conversando em alguns grupos. A estimativa é chegar a 4, 5 milhões em Brasília — disse ele, no vídeo.
De Blumenau, no interior de Santa Catarina, o pastor articulou as caravanas pelas redes sociais, mas acabou não compareceu aos atos em Brasília.
Com mais de 130 mil seguidores no Instagram, a cantora Fernanda Oliver fez sucesso nos acampamentos golpistas ao gravar uma música que ficou conhecida como o “hino das manifestações”. Ela também gravou um vídeo ao vivo do ato golpista de 8 de janeiro, com imagens da passeata na Esplanada dos Ministérios e a invasão ao Congresso Nacional.
Natural de Araguaçu (TO), ela morava em Goiânia, onde foi cumprido o mandado de prisão.
Diferente do pastor, a cantora apagou das suas redes sociais as postagens relacionadas aos atos golpistas.
Segundo a PF, a chamada “Festa da Selma” que foi fomentada pelos alvos da operação de hoje era, “na verdade, o codinome previamente utilizado para se referir às invasões”.
“O termo Festa da Selma foi utilizado para convidar e organizar transporte para as invasões, além de compartilhar coordenadas e instruções detalhadas para a invasão aos prédios públicos. Recomendavam ainda não levar idosos e crianças, se preparar para enfrentar a polícia e defendiam, ainda, termos como guerra, ocupar o Congresso e derrubar o governo constituído”, diz a nota divulgada pela PF.
A PF está cumprindo dez mandados de prisão e outros 16 de busca e apreensão em seis estados – Distrito Federal, Goiás, Paraíba, Paraná, Santa Catarina, Bahia. As ações foram determinadas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
Dias antes dos atos golpistas, o pastor Dirlei Paiz usou as suas redes sociais para promover as viagens a Brasília, dizendo que aquele fim de semana seria uma “data do povo patriota”. Em vídeo postado em 6 de janeiro, ele dá instruções sobre como embarcar em ônibus em cidades catarinenses para ir à capital federal.
— Pessoal, tem ônibus ainda disponível para você ir a Brasília. Você entra em contato conosco e eu vou te passar todos os dados — afirmou ele, acrescentando que as manifestações naquele momento estavam chegando a um novo momento. Segundo ele, o povo deveria sair da frente dos quarteis e acampar em frente ao Planalto para “fazer pressão” e alcançar “a “vitória que nós queríamos no dia 30, quando fomos golpeados”.
— Entendemos que esse é o momento que o povo precisa se aglutinar em Brasília em busca da sua liberdade, buscando a transparência naquilo que nós não concordamos na eleição de 2022. (…) O Brasil todo está se movimentando para esse ato de sábado, domingo, segunda-feira. Nós estamos conversando em alguns grupos. A estimativa é chegar a 4, 5 milhões em Brasília — disse ele, no vídeo.
De Blumenau, no interior de Santa Catarina, o pastor articulou as caravanas pelas redes sociais, mas acabou não compareceu aos atos em Brasília.
Com mais de 130 mil seguidores no Instagram, a cantora Fernanda Oliver fez sucesso nos acampamentos golpistas ao gravar uma música que ficou conhecida como o “hino das manifestações”. Ela também gravou um vídeo ao vivo do ato golpista de 8 de janeiro, com imagens da passeata na Esplanada dos Ministérios e a invasão ao Congresso Nacional.
Natural de Araguaçu (TO), ela morava em Goiânia, onde foi cumprido o mandado de prisão.
Diferente do pastor, a cantora apagou das suas redes sociais as postagens relacionadas aos atos golpistas.
Cantora gospel Fernanda Ôliver — Foto: Reprodução
Segundo a PF, a chamada “Festa da Selma” que foi fomentada pelos alvos da operação de hoje era, “na verdade, o codinome previamente utilizado para se referir às invasões”.
“O termo Festa da Selma foi utilizado para convidar e organizar transporte para as invasões, além de compartilhar coordenadas e instruções detalhadas para a invasão aos prédios públicos. Recomendavam ainda não levar idosos e crianças, se preparar para enfrentar a polícia e defendiam, ainda, termos como guerra, ocupar o Congresso e derrubar o governo constituído”, diz a nota divulgada pela PF.
Fonte: O Globo