Porangaba Polícia fecha fábrica de Farinha de Rosca
Operação encontra trabalhadores em condições precárias em fábrica clandestina de farinha de rosca em Porangaba
Pães e farinha de rosca estavam expostos e em condições precárias de higiene. Funcionários viviam em alojamentos sem vaso sanitário. Segundo a Polícia Civil, a farinha abastecia mercado e restaurantes.
Por g1 Itapetininga e Região
18/10/2024 07h57 Atualizado há 4 horas
Fábrica de farinha de rosca em Porangaba (SP) estava em más condições de higiene. Produtos foram apreendidos e destruídos — Foto: Polícia Civil/Divulgação
Uma fábrica clandestina de farinha de rosca foi fiscalizada pela Polícia Civil, em conjunto com a Secretaria de Vigilância Sanitária e com o Centro de Referência e Saúde do Trabalhador (Cerest), na zona rural de Porangaba (SP), nesta quinta-feira (17). Segundo a polícia, o local não tinha as licenças necessárias para o funcionamento.
Durante o cumprimento do mandado de busca e apreensão, foram encontradas 11 pessoas que trabalhavam no local sem registro em carteira de trabalho. Os funcionários viviam em dois alojamentos que estavam em condições precárias de higiene. Em um deles, o banheiro não tinha vaso sanitário e os trabalhadores precisavam fazer as necessidades fisiológicas em um matagal.
Os funcionários não tinham equipamentos de seguranças, nem roupas e acessórios de higiene para a produção dos pães, informou a polícia.
Os agentes encontraram em um dos cômodos um estoque de massa para pães em estado de deterioração, exalando um forte odor. Também verificaram que os pães que eram torrados para serem transformados em farinha ficavam estocados e expostos em cima de uma lona, sem nenhum tipo de cobertura. A farinha também foi encontrada sem as devidas proteções e embalagens.
Farinha de rosca estava exposta e sem o armazenamento correto — Foto: Polícia Civil/Divulgação
Segundo a polícia, a farinha de rosca fabricada no local abastecia mercados e restaurantes. A mercadoria e os insumos encontrados na fábrica foram recolhidos e destruídos pelos agentes de vigilância sanitária.
A gerente do local disse aos policiais que o proprietário estava viajando. O homem foi identificado, mas não foi localizado pela polícia. O caso foi registrado como crime contra as relações de consumo.