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Superliga Feminina completa 30 anos em meio à briga pelo topo; veja Raio-X Praia Clube e Minas tentam manter soberania, mas veem chegada de Osasco, Sesc-Flamengo e Fluminense à briga. Competição faz aniversário e promete muita disputa dentro de quadra Por João Gabriel Rodrigues — Rio de Janeiro

Praia Clube, Minas, Campeonato Mineiro — Foto: Hedgard Moraes/MTC

São 30 anos de lances plásticos, rivalidades acirradas e muita emoção em quadra. A Superliga completa três décadas como a grande referência do vôlei nacional. A nova temporada tem início nesta terça-feira, com a disputa feminina – Blumenau e São Caetano fizeram uma partida isolada no sábado. Neste guia, você poderá conferir todos os detalhes daquela que promete ser a competição mais imprevisível dos últimos anos.

Thaisa em ação pelo Minas — Foto: Hedgard Moraes/MTC

O sistema de disputa segue o mesmo da última temporada. Serão doze equipes participantes que jogarão turno e returno na primeira fase. As oito melhores disputam a fase final. As duas piores serão rebaixadas para a Superliga B. Confira a análise da competição.

Favoritos

Praia Clube, atual campeão, e Minas seguem como principais favoritos. A dupla mineira passou por mudanças, mas manteve o investimento que que a credencia ao posto de times a serem batidos. Mas um time paulista também deve entrar na briga.

A equipe de Uberlândia foi quem mais investiu. Da base campeã na última temporada, apenas quatro jogadoras permaneceram: a levantadora Claudinha, a ponteira Kasiely, a oposta Tainara e a líbero Suelen. Outras 11 atletas chegaram, com destaque a central Lorena, a levantadora Naiane e a líbero Natinha, da seleção, as ponteiras gringas Dobriana Rabadzhieva e Sofya Kusnetsova, além das conhecidas Adenízia, campeã olímpica, e a oposta Monique. A missão do técnico Paulo Coco é manter o time no topo. No primeiro compromisso, vitória contra o Minas no Campeonato Mineiro.

Apesar da queda no Estadual, Minas também se credencia como uma das principais forças da Superliga. A equipe manteve algumas de suas principais jogadoras, como Thaisa, Pri Daroit, Kisy, Peña, Carol Gattaz e Julia Kudiess. Além disso, foi ao mercado americano para buscar seus dois principais reforços: a levantadora Jenna Gray e a ponteira Annie Mitchem. No comando técnico, o italiano Nicola Negro segue no cargo.

Brie King tem evoluído com o time do Sesc-Flamengo — Foto: Guerreiro fotografia

Osasco também se reforçou para tentar fazer frente aos rivais mineiros. O time do técnico Luizomar de Moura segue com referências como Camila Brait, Fabiana, Tifanny. Ainda assim, buscou a oposta Lorenne, a ponteira Maira e as centrais americanas Brionne Butler e Callie Schwarzenbach. O título invicto do Paulista mostra a força do clube paulista.

Uzelac é a grande aposta do Fluminense para a temporada — Foto: Divulgação

Desafiantes

Sesc-Flamengo e Fluminense puxam a fila de clubes que sonham desafiar os rivais de maior investimento. O Rubro-Negro, do técnico Bernardinho, aposta na manutenção da base que chegou às semifinais e quase eliminou o campeão Praia Clube na última temporada. Brie King e Veronica Perry, a Roni, seguem no clube, assim como Sabrina, Laís e Helena, destaques da seleção nos Jogos Pan-Americanos de Santiago.

Brie King tem evoluído com o time do Sesc-Flamengo — Foto: Guerreiro fotografia

O Fluminense, por outro lado, foi ao mercado. A principal contratação é a sérvia Aleksandra Uzelac, uma das principais revelações do vôlei de seu país nos últimos tempos. A ponteira, de apenas 19 anos, chega para dar ainda mais força ofensiva ao time – no Carioca, foi a principal pontuadora da equipe em todos os jogos. Além dela, a central americana Claire Felix, a levantadora e capitã Pri Heldes e a ponteira Paula Mohr também reforçam o Tricolor. Lara, outra referência do clube, ainda se recupera da lesão no joelho que a afastou da seleção.

Sesi-Bauru, também reformulado, é outro que vai tentar surpreender. A equipe paulista, sob o comando de Marcos Miranda, conta com nomes conhecidos, como a campeã olímpica Dani Lins, além de Maiara Basso, da seleção, Gabi Cândido, Edinara e Léia.

Quem corre por fora

Barueri, também de São Paulo, é outro que precisou lidar com perdas no elenco e até na comissão técnica. José Roberto Guimarães assumiu o THY, da Turquia, e deu lugar a Wagão, seu assistente na seleção. Em quadra, nomes como a levantadora Carol Leite e as centrais Luzia e Larissa tentarão levar o time mais uma vez a incomodar os rivais.

Maringá, que contratou a levantadora japonesa Tamaki Matsui, além de Pinheiros, da oposta Bruna Moraes e da levantadora Jacke, também correm por fora. Brasília, São Caetano e Bluvolei vão tentar surpreender na bola em meio a orçamentos menores.

Corrida por Paris

A Superliga também será uma chance e tanto para quem ainda busca um lugar entre as convocadas para as Olimpíadas de Paris. Naiane e Lorena, do Praia Clube, e Maiara Basso, do Sesi-Bauru, estiveram com a seleção principal na última leva de convocações, mas ainda não têm posto garantido. Outros nomes, como Lara, do Fluminense, cortada por lesão, e Maira, do Osasco, também estão no radar de José Roberto Guimarães.

O que dizem os comentaristas:

Fabi

Além de ser uma temporada especial, de 30 anos, ainda tem o componente legal de ver os times se reforçando. As estrangeiras, que são sempre um mercado difícil para os brasileiros buscarem, por conta da moeda. Mas estamos vendo os jovens valores. Fluminense trouxe uma menina (Uzelac) que a gente observou, uma boa contratação. Times estão indo ao mercado de jogadoras que estão surgindo. Tem uma coisa legal. A própria equipe de Osasco, que trouxe meninas sem tanta experiência internacional. É uma alternativa interessante para brigar frente a frente com as principais equipes, as equipes mineiras.

Além de ser uma temporada especial, de 30 anos, ainda tem o componente legal de ver os times se reforçando. As estrangeiras, que são sempre um mercado difícil para os brasileiros buscarem, por conta da moeda. Mas estamos vendo os jovens valores. Fluminense trouxe uma menina (Uzelac) que a gente observou, uma boa contratação. Times estão indo ao mercado de jogadoras que estão surgindo. Tem uma coisa legal. A própria equipe de Osasco, que trouxe meninas sem tanta experiência internacional. É uma alternativa interessante para brigar frente a frente com as principais equipes, as equipes mineiras.

Marco Freitas
“Mais uma temporada de muito equilíbrio. Mas, diferentemente das últimas, quando tínhamos Praia e Minas com um destaque maior, eu acho que Osasco foi muito bem ao mercado. Talvez tenha sido quem melhor foi ao mercado. E acho que o Sesc-Flamengo carrega o entrosamento como grande vantagem. A grande surpresa para mim é a chegada das duas equipes mais tradicionais ao principal pelotão”

Clubes:

Superliga Femina

  • Barueri
  • Bluvolei
  • Brasília
  • Osasco
  • Minas
  • Pinheiros
  • Praia Clube
  • São Caetano
  • SESI-Bauru
  • Sesc-Flamengo
  • Fluminense
  • Maringá

fonte: portal G1

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