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Mercedes fechará fábrica de Campinas; no passado fazia ônibus

Mercedes fechará fábrica de Campinas; no passado fazia ônibus

Por Ricardo de Oliveira

No passado, a Mercedes-Benz inundava as cidades e estradas do país com seus famosos ônibus monoblocos, que inclusive geraram uma plataforma para encarroçadores de ônibus.

 

Os famosos O-321, O-362, O-364, O-370, O-371 e O-400 saíram das linhas de montagem da Mercedes-Benz, sendo boa parte deles de Campinas, no interior paulista, onde a planta foi inaugurada em 1979.

Hoje, a unidade da Mercedes-Benz tem somente 505 funcionários, que trabalham na produção de peças e componentes para as plantas de São Bernardo do Campo. No passado, chegou a 8 mil pessoas.

Contudo, a montadora alemã anunciou o fechamento da planta paulista, com transferência de 200 pessoas do setor administrativo para o ABC paulista e a dispensa dos demais colaboradores nas linhas de produção.

Na semana passada, a Mercedes-Benz informou o Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas e Região de sua decisão de fechar a planta e durante esta semana, a fábrica fica parada por conta de uma greve dos funcionários, que vai até o dia 30 de junho.

Dos 305 demitidos, 140 trabalham na remanufatura de câmbio e motores, enquanto 130 são das áreas de logística, armazenamento de peças e vendas.

Segundo o sindicato, a montadora disse que não tem como reverter a decisão de fechar a fábrica de Campinas mas, de acordo com Sidalino Orsi Júnior, presidente do sindicato, a empresa está aberta a ouvir a proposta do sindicato para evitar as demissões.

O sindicato não aceita as demissões e irá lutar para manter os empregos da montadora na região. Orsi Júnior disse: “Queremos encontrar alternativa que garanta a manutenção dos empregos”.

A entidade cobra a montadora, que recebeu incentivos fiscais do governo paulista e agora os funcionários querem a compensação com a manutenção dos empregos.

Além disso, segundo Orsi Júnior, a planta da Mercedes não tem problemas financeiros. Ele comentou: “Este setor fatura, em média, por dia, R$ 15 milhões. É uma questão de reestruturação. Ela quer economizar na folha de pagamento e garantir o lucro favorecendo a precarização do trabalho”.

Enquanto isso, a montadora defende uma reorganização da operação brasileira, com a central de distribuição de peças de reposição, indo para Itupeva-SP.

Pós-vendas e outras funções administrativas serão transferidas para o ABC, enquanto remanufatura de peças será terceirizada.

 

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